MORADIA PARA QUEM MAIS PRECISA
A Associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo (ATST) iniciou suas atividades como muitos movimentos de moradia, buscando soluções junto às autoridades estaduais e municipais por meio de manifestações, caravanas e protestos. No entanto, em 1986, diante da falta de resultados das promessas, a associação começou a considerar alternativas, incluindo a compra coletiva de terrenos. Inicialmente, a organização enfrentou desafios com despejos, mas logo conseguiu adquirir terrenos para várias famílias.
A estratégia de autoconstrução foi adotada, envolvendo a participação ativa dos membros em todas as etapas do processo. Isso incluiu desde a compra conjunta de áreas até a discussão de projetos que não apenas contemplavam lotes individuais, mas também áreas comunitárias para equipamentos sociais, lazer e preservação ambiental. As compras eram coordenadas por uma equipe formada por membros voluntários da própria área, e os lotes eram alocados por sorteio.
O desenvolvimento da ATST continuou ao longo dos anos, com aquisições de terras em diversas regiões e a formação de novos bairros em colaboração com o Governo do Estado de São Paulo, onde já foram criados 30 novos bairros, atendendo mais de 40 mil famílias. O movimento não se restringiu apenas à moradia, mas também focou na conscientização cidadã e no empoderamento da comunidade para ser agente de transformação social. O papel do governo foi considerado secundário, enfatizando a importância da mobilização popular para efetuar mudanças significativas.
O Vereador Fabio Riva desempenhou um papel crucial na ATST, como advogado voluntário desde 1998. Sua atuação também se estendeu ao mandato de vereador, onde ele foi fundamental na aprovação e regularização dos loteamentos da associação no âmbito municipal. Além disso, sua influência política contribuiu para a conquista de infraestrutura essencial nos loteamentos, como asfalto, creches, escolas e transporte público, em parceria com a prefeitura.